quarta-feira, 12 de junho de 2013

Família de milionário morto recorre para excluir viúva de herança no RJ


Viúva de René Sena é acusada de matar o marido (Foto: Reprodução / TV Globo)

A família de René Sena, que ficou milionário em 2005 ao ganhar o prêmio da Mega-Sena de R$ 52 milhões, e foi morto a tiros em janeiro de 2007, em Rio Bonito, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, entrou com um recurso, no Tribunal de Justiça do Rio, na ação que tenta excluir a viúva Adriana Almeida da herança do ex-lavrador.

O recurso foi recebido no dia 4 de junho pela juíza Larissa Nunes Pinto Sally. Em 30 de abril de 2013, o juiz Mario Cunha Olinto Filho julgou improcedente o pedido dos irmãos de René em anular o testamento. Na sentença, ele considerou “a inexistência de motivos que pudessem nulificar o testamento” e ainda que “os fatos trazidos como causa de pedir remota para justificar a anulação pretendida, por si só, já não são consistentes (ainda que fossem demonstrados) para acolher-se o pedido”.

Ainda na sentença, o juiz justificou que "se o autor da herança fez ou não a melhor escolha, se ´justa´ ou ´injusta´ a disposição, isso não faz parte da discussão que aqui se trava, que é unicamente da legalidade do testamento. Se por outros motivos a segunda ré não deva receber o monte testado - por conta inclusive de ter sido apontada como mandante do crime que vitimou o testador - isso há de ser declarado pela via própria. Ainda que isso prevaleça, o testamento não deixou de ser válido em si".

Em 11 de julho de 2012, foi publicado pelo TJ-RJ, a decisão da juíza Roberta dos Santos Braga, da 2ª Vara de Rio Bonito, pelo não desbloqueio dos bens de Renné Sena. Adriana Almeida, viúva do fazendeiro, tentou na Justiça ter acesso aos bens. Ela e Renata Sena, única filha do milionário da Mega-Sena, encaram uma batalha da judicial para conseguir ter direito ao dinheiro.

De acordo com a promotoria na época, "o desbloqueio dos bens e valores da denunciada só pode ocorrer após sentença absolutória transitada em julgado, independentemente do recurso ministerial ter efeito suspensivo ou não, pois o envolvimento da acusada na prática do crime imputado ainda será analisado pelos Tribunais".

Suspeita na morte de ex-lavrador
René Senna começou a namorar a cabelereira 25 anos mais nova que ele em 2006. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença e levava uma vida simples em Rio Bonito. Ela abandonou o emprego e foi morar com ele na fazenda, junto com dois filhos do primeiro casamento.

Em 2011, a cabeleireira Adriana Almeida, que era suspeita de planejar a morte do marido, foi absolvida no dia 3 de dezembro. A sentença foi lida pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, no Tribunal do Júri (TJ), no Fórum de Rio Bonito. Outros três réus também foram absolvidos. O TJ julgou improcedente a acusação contra os quatro réus e Ministério Público entrou com um recurso contra sua absolvição.

Justiça não reconhece união estável
No dia 22 de maio, os desembargadores da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiram manter a decisão de 1ª instância que não reconhece a união estável entre a cabelereira Adriana Almeida e o ex-lavrador René Sena, morto em 2007, dois anos após ganhar o prêmio de R$ 52 milhões da Mega-Sena.

Adriana ficou presa por 1 ano e meio e foi denunciada pelo Ministério Público como mandante do crime. No entanto, ela foi considerada inocente pelo Tribunal do Júri, em decisão no ano passado. Logo após a absolvição, o MP entrou com recurso contra a decisão.














http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/06/familia-de-milionario-morto-recorre-para-excluir-viuva-de-heranca-no-rj.html

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