quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Escolher o tipo de parto é direito da gestante

Segundo dados do Ministério da Saúde, mais da metade dos partos realizados no Brasil são cesárea. Na rede privada, esse número chega a quase 90%. O índice tem preocupado o governo, por estar muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê um máximo de 15% de cesarianas. No programa Fórum desta semana, o advogado especialista em Direito à Saúde Luiz Fernando Moreira explica que: “Cabe ao médico a obrigação de oferecer à gestante essas possibilidades do parto normal ou da cesariana. Deve explicar os riscos e os benefícios de cada um dos procedimentos. Esse comunicado deve ser feito logo na primeira consulta. O que infelizmente a gente vê é que, talvez por comodidade, ele nem toca nessa possibilidade do parto normal e já prepara a gestante para uma cesariana, justamente por conta da agenda dele ou pela remuneração que não é tão atraente”, ressalta.

Para a psicóloga Érica de Paula, com a escolha por uma cesárea a gestante se expõe a uma cirurgia de grande porte. Ela fala também que o bebê corre o risco de nascer com prematuridade dos pulmões: “O trabalho de parto é o único sinal confiável de que o bebê está pronto para nascer. Ele vai desencadear no corpo da mãe os mecanismos do trabalho de parto. Se a cesariana é feita com hora marcada antes da maturação dos pulmões, o bebê pode não estar maduro para nascer”. A psicóloga conclui dizendo que o parto natural oferece vantagens como a redução no tempo de internação, recuperação mais rápida e com menor risco tanto para a mãe quanto para o bebê.


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